Em 25 de janeiro de 1919 reúnem-se em Paris dirigentes de 32 países para assinar o Tratado de Versalhes. Este armistício de paz em suas 440 cláusulas trata, dentre outras coisas, das reparações de guerra, desarmamento e segurança, indenizações e da criação da Liga das Nações. Keynes, por exemplo, critica o tratado por ter se “afastado demasiadamente” dos 14 pontos de Wilson. Versalhes não consegue produzir uma estrutura estável no continente, o que acaba multiplicando as áreas de tensão e os atritos. No entanto Wilson responde a Keynes afirmando que a Liga das Nações corrigirá as imperfeições e compensará os erros do Tratado de Versalhes.
Um dos empecilhos ao assinar o Tratado de Versalhes foi a Alemanha que almejava um lugar na Sociedade das Nações como prova da reconciliação entre os beligerantes. Mas a França se opôs com o pretexto de que a Liga é uma organização para vencedores, sendo que, o verdadeiro interesse francês era o domínio de territórios. A geopolítica explica este imbróglio, pois a França fazia fronteira com a frágil Alemanha e buscava obter ainda mais poder. Neste momento a Inglaterra mediou o conflito de interesses pois “uma Alemanha extremamente fragmentada pode alterar o equilíbrio de poder europeu em favor do franceses”. Mesmo assim, ao final da discussão, a Alemanha não conseguiu seu objetivo.
A criação de um grande órgão responsável pela conservação da vida pacífica da civilização se fez necessária naquele momento histórico no qual a destruição causada pela guerra se mostrava. Era um período de engajada preocupação com a paz.
Uma frase de Clemenceau no dia da assinatura do armistício resume este capítulo da história: “Vencemos a guerra, agora, temos que vencer a paz e isso pode ser mais difícil”
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